É tudo muito rápido.
O instrutor André Nicastro (pentacampeão brasileiro de kart) grita a receita: "Não tem essa de dosar, sai de pé embaixo e troca (marchas) a 7.900, 8 mil giros e vamos lá". Nada de usar o sistema de arrancada. Nada de desligar o ar condicionado. Nada de recolher retrovisores.
Chuto o pedal contra o assoalho com força e seguro firme no volante firme. Antes do tempo que você leva para ler esta próxima frase, já passei dos 100 km/h e rumo aos 180 km/h. Só olho a agulha do conta-giros: ela passa pela quinta marca após o número 7, eu mexo os dedos da mão direita. Subo marchas com trancos nas costas. Acima dos 250 km/h, o carro sacode pela primeira vez. Turbulência. Tudo parece devagar. Do lado de fora do para-brisa de policarbonato, a paisagem retorcida flutua. O asfalto evapora. Não há mais marchas a subir. O velocímetro parece amarrado a partir dos 300 km/h. Quando olho de novo, 320 km/h. O instrutor abana a mão. Acabou. A tela marca 326 km/h. O computador corrige com o raio laser: 324,5 km/h.
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